Mauricio Scopel Hoffmann

Carnaval sem ressaca

Mauricio Scopel Hoffmann

Carnaval faz parte da cultura do nosso país. É momento em que muitas pessoas se expressam e se unem, e que podemos nos desconectar das obrigações do dia a dia para celebrar o aqui e agora. No entanto, o Carnaval pode se tornar um cenário de risco para o consumo de substâncias psicoativas. 


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Pessoas com problemas de uso de substâncias, como drogas e álcool, estão em maior risco neste período. O ambiente festivo muitas vezes encoraja comportamentos impulsivos em qualquer pessoa, levando a decisões precipitadas e consequências prejudiciais para a saúde.

 
O álcool, comum nesse período, pode potencializar os efeitos de outras drogas e medicamentos, aumentando os riscos de overdose e problemas de saúde mental. Para aqueles que estão abstinentes, ver muitas pessoas consumindo bebida alcoólica, ao vivo ou na TV, pode ser um risco para recaída.


Pensar para sambar 

Para pessoas que estão tratando problemas por uso de substâncias, o Carnaval precisa ter outro significado e algumas estratégias precisam ser adotadas para se manter abstinente. Locais e hábitos de risco devem ser evitados, e outras formas de divertimento devem ser colocadas no lugar. 


Da mesma forma, as pessoas que não têm problemas por uso de substância também devem estabelecer limites para que o Carnaval não vire um pesadelo. Infelizmente, não há suco verde, vermelho ou rosa que cure uma ressaca ou que traga os neurônios perdidos de volta. Pensar por alguns minutos no dia de hoje e planejar o Carnaval pode garantir que estes próximos dias sejam lembrados com muita alegria. 


Exercício e saúde mental 

A relação entre atividade física e transtornos mentais têm sido objeto de extensa pesquisa científica nos últimos anos. Estudos recentes mostram que a atividade física regular pode ajudar tanto na prevenção quanto no tratamento complementar de diversos transtornos mentais. 


Pesquisas do professor Dr. Felipe Barreto Schuch (UFSM) demonstraram que a atividade física regular pode ajudar a prevenir depressão, transtornos de ansiedade e até mesmo reduzir risco para transtornos psicóticos e de humor bipolar.


Exercício físico também pode funcionar como um remédio para o tratamento de transtornos mentais. A inclusão de programas de exercícios tem se mostrado eficaz para melhora dos sintomas ansiosos e depressivos de pacientes que sofrem com estas condições. 


A indicação e avaliação do profissional de saúde é fundamental. Faz muito sentido indicar e orientar a busca por um profissional de educação física para aquelas pessoas que estão com sintomas de depressão e ansiedade e são sedentárias. 


Por outro lado, não faz muito sentido indicar a prática de exercícios para um atleta em atividade que se encontra com depressão.

 
Portanto, a atividade física é uma importante aliada no tratamento de pacientes com problemas de saúde mental, mas deve ser indicada conforme a necessidade do sujeito.

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